quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Bimby: ter ou não ter?

Agora vou tocar em egos...
Porque a uns foi o melhor que já lhes aconteceu, não vivem sem ela, vale cada euro, dá-lhes muitas alegrias, facilita o dia-a-dia, fizeram coisas que não fariam se não a tivessem,...
Porque a outros não conseguem ver que mais-valias traria, gostam é da colher de pau e do tacho, acham exorbitante o preço, viveram sem ela até hoje e não morreram por não a ter, safam-se perfeitamente sem ela,...

Confesso que eu pertenço ao primeiro grupo em muitas das coisas que disse acima, pelas mais variadas razões. Mas acontece que no trabalho, uma parte de nós tem e a outra não tem e a conversa casual mistura-se entre o "ontem fiz isto assim assado" e gostei ou não gostei, correu mal ou correu bem, vou repetir ou nunca mais faço.

Ao longo do tempo, após muitas conversas destas e de utilizarmos a bimby até para triturar sabonetes (desculpa Vorwerk!)... confesso que ao princípio não pensava muito na questão de a ter ou não. Aliás, esta questão é geralmente apresentada por quem a não tem e quem a tem tenta persuadir a que os outros tenham. Mas a verdade é que: a máquina é espetacular. Mas é como uma máquina de café de cápsulas: quanto mais não valia ter uma no hall do prédio e encontrar os vizinhos? Ou é como uma máquina de lavar roupa: os americanos têm uma por prédio, porque é que nós temos de ter uma por cada casa? No que nos tornámos!  

O assunto tem-me andado a corroer e no outro dia dei por mim a pensar em vender a minha bimby. Não o vou fazer, por variadíssimas razões, mas a razão é simples e repito: a máquina é espetacular, mas não é mais do que um bom triturador que aquece, coze a vapor e pesa. E um bom triturador fará muito do que a bimby faz, tendo de ser as funções acima complementadas. Mas é só isso. Porque o que faz ali diferença (eu sei que o que eu vou dizer não é descobrir a pólvora...) é a maneira simples e estruturada de apresentar a maneira de fazer.

Gosto muito do livro "A cozinheira das cozinheiras", de Rosa Maria. Um clássico, um Pantagruel condensado, um livro de bolso que desde que o conheci não dispenso ter na cozinha porque é como se a minha mãe estivesse ali dentro para me dar respostas culinárias a tudo e mais alguma coisa. Mas... a Rosa Maria (nada contra a senhora, antes pelo contrário), mulher do seu tempo e não mulher do marketing culinário moderno, faltam-lhe estar escarrapachados no livro algumas coisas elementares que no antigamente todas sabiam (ponto de blábláblá, que tenho logo de ir a correr ao Google e acabo a ler coisas diferentes do Brasil e de Portugal...). E na bimby? Na bimby está lá tudo - é à prova de tótó. Primeiro os ingredientes - se tem todos continua, senão procura receita parecida com os que tem; depois os passos devidamente separados e bem escritos, sem aso a erros de velocidade, duração ou temperatura.

Lá em casa eu não cozinho em regra - é o PenaMan quem o faz. Eu só brinco na bimby e aproveito e faço coisas por capricho. E ele não usa a bimby. E eu se hoje fosse comprar uma bimby? Comprava um bom triturador e uma boa batedeira!

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