terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Via Algarviana - estreia de BTT

Peninha entregue a uma avó, PenaMan e eu de bicicletas na carrinha devidamente transformada para o efeito. O PenaMan tem bicicleta, embora em estado já um pouco duvidoso para estas andanças... Eu como não tenho, recorro à "loja do bairro" que aluga bicicletas e imagine-se só o luxo: no dia que fomos passear com a criançada levei uma linda azulinha clara com cestinho e cadeirinha para criança; no dia da BTT, levei uma bicicleta com suspensão à frente e tudo! Só não tinha suspensão atrás porque como sou pequenina (não vou revelar a minha modesta altura...), não tinham.

Escolhemos dos percursos disponíveis no site da Câmara Municipal de Loulé um não demasiado agressivo, não demasiado longe de casa, mas em que aproveitássemos o ir só os dois e sem miúdos. Pensávamos nós!... Fomos até Querença e o objetivo era fazer o percurso de BTT de 15 km. Começou com uma grande grande descida e por isso já se sabia que iria ter grandes grandes subidas. E assim foi: metade na bicicleta, metade a carregar com ela... Ao fim de alguns quilómetros percebemos que não estávamos a voltar para Querença, que já devíamos estar noutro trilho, porque nos limitámos a seguir as indicações da Via Algarviana (indicações essas que em algumas partes do trilho estavam a menos, ao contrário da experiência que temos com as Pequenas Rotas pedestres que fizemos). Indicações de BTT só vimos uma!...

A certa altura, em que estávamos a chegar a Loulé, decidimos abandonar o plano inicial e ir de bicicleta até casa e depois íamos buscar a carrinha a Querença. Foi giro, à noite as pernas doiam como tudo, mas no dia seguinte estávamos em forma.

Até à data prefiro o pedestre ao BTT... Daqui a 15 dias há passeio de família com outras famílias e a nossa também!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Retoma das lides artesanais 2016

Ontem à noite, após fechar a oficina do Pai Natal e ter tido o meu merecido descanso artesanal, retomei as minhas lides artesanais. Ando a rebentar de ideias para fazer: patchwork, costura e... empreita!
 
Desde o workshop de Novembro ainda não tinha voltado à empreita, por isso a palma que usei foi a que a querida formadora me deu para praticar. Acho que esta é uma das coisas que me está nos genes e me dá um gozo imenso fazer! A originalidade desta arte criada por quem tão pouco sabia, mas tanto fazia! Quero fazer muitas coisas de empreita: tapetes, naperons, cestas, malas,... Ainda não sei o que vou fazer e olhando para a trança começada, avalio algumas trapalhices que sei que depois me vão chatear mais à frente. Mas não estou preocupada com o produto final: como diziam os antigos, a empreita pede!
Olhei no outro dia para uma cesta de empreita que me ofereceram à pouco tempo e consegui avaliar alguns defeitos na sua costura - isto promete!
 
Antes de voltar à empreita, adquiri logo na loja de Loulé palma porque sabia que a que tinha trazido não era muita e o vício da empreita depois não pára. Tenho todo o trabalho de rachar, cortar, separar, remolho e ripar para fazer antes de continuar a minha trança (na foto vê-se a trança começada e debaixo desta a palma enxofrada em bruto)
.
O nó do início foi a forma que consegui, pois não consegui memorizar essa parte. Mas vou querer futuramente aprofundar a arte da empreita, pelo que voltarei a São Brás de Alportel para saber fazer o começo e certamente também terei dificuldades na costura - muita gente antiga diz que sabe fazer empreita, mas não sabe coser, incluindo o meu pai.
 
Esta arte faz parte do meu orgulho de ser algarvia!

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Via Algarviana

Esta foi uma descoberta espetacular de um trabalho espetacularmente bem feito!

Com as prendas de Natal não eletrónicas, cada um dos miúdos recebeu uma bicicleta, à exceção da Peninha que recebeu uma cadeira para andar de bicicleta e um capacete. No ano passado os mais crescidos receberam os equipamentos de proteção, este Natal receberam o motivo para os usarem mais amiúde. O mais velho adorou a sua única prenda de Natal que foi a sua primeira bicicleta com mudanças! O PenaMan já tem bicicleta, onde se instalou a cadeirinha da Peninha. Eu sou a única sem bicicleta: quando me mudei de Lisboa para cá deixei a bicicleta para que a levassem, pois era difícil de transportar e estava a precisar de manutenção. Assim, para andar de bicicleta alugo uma na loja ao lado de casa. Na verdade nós só temos uma drogaria, um café, uma loja de loiças sanitárias, uma reparadora de vidros automóveis, uma loja de artesanato e a loja de bicicletas perto de nós.

Desta vez alugámos com cadeirinha também, pois a pequena do meio não se aguenta ainda em grandes pedaladas e lá fomos os dois a pedalar cada um com a sua donzela e o mais velho orgulhosamente na sua bicicleta.

Mas porque não dá para por tanta bicicleta e cadeirinhas e pessoas na nossa carrinha, e porque a loja das bicicletas fecha ao fim-de-semana e assim não podíamos alugar bicicletas, acabámos por optar por um passeio a pé no campo: a Fonte da Benémola. Neste dia correu menos bem porque a chuva fez-nos terminar o dia mais cedo e também não demos a importância devida à sinalização. Mas dois dias depois incluímos a avó e fomos à Rocha da Pena, onde há já muito queríamos ir, pela história da mesma. E lá fomos. Ficámos surpreendidos com a boa marcação do percurso ou tecnicamente falando a PR: Pequena Rota. A sinalização era fácil de entender e estava em sítios onde se via bem e em bom estado de conservação, sem lixo algum. Todos adorámos!

Quando chegámos a casa fomos investigar esta tal Via Algarviana, de que já tínhamos ouvido falar (o meu irmão faz há algum tempo trilhos da Grande Rota). No site da Câmara Municipal de Loulé conseguimos fazer download dos PDFs dos trilhos do concelho pedestres e de BTT. Assim, escolhemos uma PR para o dia a seguir, mas uma das pequenas, porque os pequenotes não conseguem fazer muitos quilómetros.

Temos agendadas mais PR para breve a 3 e quem sabe por um destes dias vamos à GR! Mas recomendamos vivamente!

domingo, 3 de janeiro de 2016

Resultado da Oficina do Pai Natal 2015

Mala de bonecas
Fizémos duas malas, mas com interiores diferentes, por forma a que as meninas consigam diferenciar qual é a de quem. Embora tenha o nome escrito no lado de fora em tecido, elas não sabem ler ainda. A imagem é de uma delas: a boneca é do Continente, uma boneca para mais de 6 anos para serem as meninas a construir. Mas confesso que achei muito difícil, uma vez que as cores da cara têm de ser cosidas com agulha de metal, furando o tecido e as peças de veludo são muito pequenas e por isso difíceis de segurar. Alterei um pouco o formato da boneca por forma a ser transformável em menino se necessário. À boneca cosi pedaços de velcro fêmea para a roupa, sapatos e cabelo agarrarem e o interior da boneca é uma mica forte e não o enchimento que vinha com a mesma, por forma a não ficar mole. A boneca está presa à mala também com velcro.

O ursinho da boneca foi decorado com caneta cola de brilhantes que uso com muita frequência nas decorações das crianças cá de casa, por ter um bonito acabamento, ter um preço acessível e boa secagem. Está preso à mala com velcro e cada mala tem um urso diferente.

O armário está cosido à mala nas laterais e base e a roupa fica arrumada lá dentro, entrando pelo topo do mesmo. Também pode ficar pendurado no cabido, que está cosido à mala e que tem velcro fêmea para a roupa lá se prender. A versão que me inspirei tinha no lado direito da mala uma cama, mas não gostei muito desse detalhe.

Para cada mala fiz cabelos, sapatos, vestidos, camisolas e calças.

No final, o PenaMan pôs os fechos e as pegas e ficaram assim duas bonitas malas que se dobram ao meio para as poderem levar para qualquer lado.


Casa de bonecas
Era um antigo móvel bar preto que lixei levemente, dei primário para madeira e pintei de "flor de Yuca" da CIN, cor que temos nas paredes cá de casa. O PenaMan colocou soalho flutuante autocolante no chão dos quartos. Em todas as divisões da casa há janelas e cortinas adequadas, bem como decoração nas paredes e candeeiros no tecto. Os cortinados dos quartos e sala foram unidos com bordado inglês e na cozinha e na casa de banho apenas coloquei uma faixa de bordado inglês para embelezar.
Candeeiros: nariz de palhaço da Operação Nariz Vermelho, Ovo surpresa de ovos de chocolate da Barbie (cor de rosa), tubo de fita cola, meia caixa do nariz de palhaço.
As camas são sacos de plástico com esferovite forradas com tecido. As cabeceiras são tecido autocolante na parede embelezadas com bordado inglês. Os lençóis são entretela. Todos os tapetes são tecido autocolante com bordado inglês a embelezar. No quarto maior fiz de uma caixa de whiskey um armário de roupa, colando as duas metades com cola quente à parede. Colocámos um varão de arame e de clips fizémos os cabides da roupa. De uma caixa de cartão redonda fizémos a sapateira.
Como a lavandaria e a cozinha eram o mais difícil de concretizar, limitei-me a desenhar os seus componentes e a colá-los em duas paredes.
A banheira da casa de banho é o interior de uma caixa de bombons: uma metade desfundei e colei na outra. A sanita é um tubo de papel higiénico moldado e o lavatório é uma bobine de linha de costura industrial forrado a tecido autocolante. As toneiras são feitas de clips. Todas as loiças foram coladas com cola quente. O espelho é de papel de alumínio. 
O sofá foi feito da mesma maneira que as camas e a mesa é feita de cartão e os bancos de rolhas de cortiça.
Foram 5 noites de muitas horas de decoração e julgo que em breve redecorarei algumas divisões por não terem ficado a meu gosto.


Marionetas dos 3 Porquinhos e do Lobo Mau
Cortei os moldes em lona e vesti cada um  dos porquinhos. Os olhos (e nariz do lobo mau) são botões e foi tudo cosido à mão. Com 2 pares de meias forrei tubos de papel higiénico e colei com cola quente as figuras aos tubos: a base não está tapada, para poderem ser segurados por aí.

Simples de fazer, fácil de gostar

Passou mais de um mês desde a última vez que consegui publicar qualquer coisa por aqui... Foi o aniversário da Peninha (festa na escola, festa em casa) e a oficina do Pai Natal esteve em elevada produção cá por casa. Juntou-se a isso o Natal, a passagem de ano e 15 dias de empresa fechada e por isso o consequente volume excepcional de trabalho de trabalhar em 15 dias por 30! Ainda as férias da criançada!...

Mas falemos do que interessa por agora.
A Peninha comemorou o seu terceiro aniversário, para mim a maioridade na pequena infância. Na reunião de pais do início da escola em Setembro falou-se acerca dos bolos de aniversário na escola: simples, porque quase todos os dias alguém faz anos,  ou não fossem quase 100 crianças... Há inclusivamente dias em que há vários aniversariantes, por isso eles comem com bastante frequência bolo de aniversário. Aliás, a Peninha sabe cantar a música dos parabéns e isso não aconteceu à toa. 
Como a hora do lanche de todas as salas é num curto espaço de tempo, todos comem bolo, mas como têm de lanchar antes um bolo de um quilo chega para todos: é só um bocadinho e sem cremes.

Obviamente que entendi a mensagem mas não queria deixar de fazer um bolo especial, de algo que ela gostasse e fosse fácil. Perguntei ao pai se queria assumir ele a responsabilidade do bolo, uma vez que no ano passado já tinha ficado ao nosso critério (chifon com cobertura de chocolate branco com smarties: os miúdos adoraram mas nós achámos que tinha ficado excessivamente doce). 

Também não é costume cá em casa se comprar o bolo de aniversário, é um projecto caseiro cuja execução fica para o PenaMan e cuja decoração fica para mim. Como é um aniversário em pleno inverno limita mais as opções de decoração (chantilly está fora de questão) e como habitualmente é de chocolate ficam automaticamente excluídas coberturas de chocolate branco para não ser enjoativo de doce, sobretudo se for chifon. Para ajudar na decoração, o PenaMan decidiu fazer um bolo de chocolate diferente do tradicional chifon, que ficou muito húmido e fofinho.

A história favorita da Peninha, até ver, é os Três Porquinhos e o Lobo Mau. Não há dia em que não se fale deste último cá por casa! Assim, decidi googlar nas imagens "Bolo dos Três Porquinhos e Lobo Mau". Como tinha de ser simples, por eu ser a responsável da decoração mas não ser um ás na tarefa, apenas uma pessoa esforçada, escolhi um bolo que era coberto de chocolate e em que os três porquinhos estavam a boiar e o lobo a espreitar. Decidi fazer de massapão, com amêndoa e açúcar por ser fácil de modelar e fazer (usei a receita base do livro da bimby).

O final não foi tão similar ao que me inspirei quanto quereria, mas achei que ficou muito engraçado. A Peninha e os meninos da sala dela adoraram e acabaram por dividir as figuras entre eles, o que confesso me deixou bastante feliz.

As cabeças ficaram presas ao corpo com palitos de madeira e os olhos são bolas de adoçante. Os furos do nariz foram também feitos com palitos. A massa ficou muito gordurosa: agora já sei que deverei futuramente cozinhar um pouco a massa para que perca a gordura da amêndoa e dispensa a clara de ovo. No lobo mau usei corante alimentar, mas quando depois foi a festinha cá em casa ficaram todos da mesma cor, uma vez que não gostei muito do resultado final. Também no bolo da festa cá de casa fiz uns pezinhos aos porquinhos, mas o bolo da foto foi o que ficou mais bonito.