quarta-feira, 9 de março de 2016

dizer não a um emprego

Sou portadora desde o meu primeiro emprego daquilo a que se pode denominar felicidade profissional: gosto do que faço, embora já tenha feito coisas muito diferentes umas das outras, raras vezes fui trabalhar contra vontade (embora também faça, obviamente, coisas que não gosto e fi-las em todos os sítios por onde passei - de forma ardilosa ou não), gosto das férias tanto como gosto de trabalhar, não sofro de desejo incessante de fim-de-semana nem de ódio a segundas-feiras.

Mas, como em todas as áreas que tocam a nossa vida ocidental, também na área profissional se tem de fazer mudanças de quando em vez: quando nos obrigam ou quando nos obrigamos nós mesmos. Porque para melhor muda-se sempre!

Poderiam caraterizar a minha vida profissional de diversas formas: progressiva, ascendente, satisfatória, o que seja! A verdade é que me dá algum orgulho olhar para trás e para o que fiz e isso para mim é suficiente.

Acabei por gostar mais de algumas áreas do que esperava e de gostar de outras menos do que esperava. O que não esperava era que um dia, sendo mãe, tivesse de dizer que não aquilo que até parecia ser uma boa oportunidade de progressão de carreira numa área que gosto porque o vencimento era... insatisfatório. Por insatisfatório refira-se: não chegava para pagar as contas e não saberíamos se o risco compensaria, embora eu gostasse de poder ter tido oportunidade de saber. Há sempre uma primeira vez para tudo e esta foi uma primeira vez para mim.

Guru de 2016 - João Garcia

Sabe quem me conhece que não sou pessoa dada a gurus: não tenho ídolos desportivos, à exceção das grandes lendas do desporto que admiro, mas não tenho em patamar de guru; não sei nomes de atores ou atrizes de cinema, mesmo aqueles que até acho que gostava de ter na minha vida (quem me tenta explicar que viu um filme com o XPTO e a BLABLA fica demasiado frustrado por eu não saber minimamente de quem estão a falar, como se estivessem a falar com uma marciana...); gosto de conhecer grandes personalidades, mas fico apenas com o conhecimento e não com a ambição de seguir pegadas ou realizar feitos de semelhante grandeza.

No entanto, este ano tenho um guru, que não conheço pessoalmente e que, apesar de saber quem é pelo mediatismo que o envolve, caiu-me acidentalmente nos braços a sua história: comprei um lote de livros no OLX que, entre outros, tinha um livro dele. Adquiri o lote de livros pelo conjunto e preço, mas o livro dele não era de forma alguma uma mais valia para preferir aquele lote a qualquer outro.

Estava no início do ano a ler um livro relacionado com história e religião e, às páginas tantas, não me motivava o suficiente para lê-lo... Detesto não acabar de ler um livro, seja ele qual for, mas a verdade é que com o crescimento exponencial da informação e com tudo o que há para fazer nesta vida de tão pouco tempo para tudo e sobretudo para o que se gosta, decidi arrumar o livro por tempo indefinido. Desde que uso a Winkingbooks que não me censuro ao faze-lo, porque a maioria das vezes disponibilizo os livros e eles lá seguem o seu caminho para alguém que os usará, sem me ralar com o custo financeiro e de oportunidade. Além do mais, também graças a esta plataforma tenho sempre livros para ler, sem ter de perder horas, como antes me acontecia, a ver imensos livros para escolher qual ou quais comprar e a ter vontade de chorar na caixa aquando do pagamento pela fortuna que me pedem por umas páginas escritas. E adoro quando algum dos livros que enviei volta a ficar disponível e vou ver por quantos utilizadores já passou: fico mesmo contente, como uma criança numa loja de doces! A forma fácil de enviar e receber delicia-me!

Abri a porta do armário dos livros que está na sala e, com ar de cientista, comecei a ver títulos e autores (em quase modo de livraria, com a diferença que todos os livros que lá estão eu quero ler, pois fui eu quem os mandou vir) e decidi pegar "A mais alta solidão" de João Garcia. Li a sinopse e pareceu-me bastante interessante. Depois dizia "Prefácio de Miguel Sousa Tavares" e preparei-me para 20 páginas de opinião. Fiquei surpreendida por serem duas páginas e um excelente texto.

Continuei por ali fora e em alguns dias estava lido e eu estava uma fã do João Garcia, uma conhecedora de termos de alpinismo e da modalidade (até ali latamente desconhecida para mim) e uma profeta de aventuras de montanha e superação humana física e psicológica. Evangelizei todos pela família e alguns amigos. Gosto de ser contemporânea da aventura vivida e esbocei planos de férias futuras dentro do conceito.

Fiquei a perceber que os alpinistas de sucesso são super atletas, que é possivelmente a modalidade desportiva com a maior taxa de mortalidade de atletas e comecei a respeitar esta modalidade e meio da mesma maneira que respeito o mar, este último meu conhecido há muito tempo!... Podia falar horas deste senhor que não conheço, mas cuja história de vida me impressionou e acabei por adquirir dois livros dele, que entretanto já li e que, embora sejam repetitivos em algumas partes, acabam por encetar a personalidade e a experiência de vida de uma forma mais completa que apenas um livro.
Para mim o João Garcia era o senhor que "ficou sem nariz e sem pontas dos dedos" e resumia-se apenas a isso - hoje é bem mais que isso! A motivação e a força de vontade em conseguir objetivos são brutais e o resumo disso está bem encetado no prefácio do livro.

Um livro está emprestado, o outro chegou hoje via Winkingbooks a alguém que espero que goste tanto dele como eu gostei.

oats overnight

Já se sabe que estrangeirismos é algo que abomino: scanear em vez de digitalizar, printar em vez de imprimir, entre outras pérolas com que sou brindada diariamente (ou não fosse esta a capital do algarvean english...)

Mas ultimamente andamos a tentar batizar com um bom termo português os Oats Overnight!
Apesar de bastante trabalhoso de preparar (1 ou 5 dá o mesmo trabalho), é saudável, fácil de transportar e prático de comer, além de que facilita muito o pequeno-almoço. E é tão agradável de ver!

Crescer que nem Cogumelos

Havia já muito tempo que queria fazer a experiência doméstica da caixa de cogumelos que se pulveriza com água duas vezes por dia e crescem cogumelos para comer. Já tinha acompanhado nas redes sociais os cogumelos das minhas amigas e os seus cozinhados consequentes, mas ainda não tinha surgido a minha vez.
Estive perto da experiência quando mandei vir, dentro do mesmo conceito, mas para plantar na horta. A verdade é que não correu bem e por isso adiámos a experiência. É que as caixinhas da cozinha eram um pouco caras, ou não fosse ser um conceito na moda e gourmet!

Em Janeiro passado, apresentou-se a dificuldade de ter de comprar uma prenda de aniversário para uma das crianças da família. Era um problema com muitas vertentes: não sabíamos qual dos dois miúdos era o aniversariante, não convivemos tanto com eles que saibamos o que querem, o que têm e o que gostam (e respetivos não querem, não têm e não gostam), não queríamos gastar muito dinheiro, queríamos que fosse minimamente personalizado (oposto a um cheque oferta qualquer), queríamos que fosse algo com utilidade e sem futilidade e queríamos dar algo original e que não corrêssemos o risco de alguém oferecer o mesmo.

Andava aqui à espera que a internet me desse a resposta e apareceu-me uma promoção da Cogus Box. Pensei na simplicidade das pessoas que são, com gostos pela culinária doméstica, mandei vir e rezei que corresse bem. Depois de chegar cheguei a pensar que o miúdo não ia achar piada - era uma caixa de papelão com quase 2 kg cheia de terra lá dentro. Afinal era o miúdo mais novo e ficou excitadíssimo! Pensei que fosse demorar muito tempo a crescer e que ele não ia ligar nenhuma áquilo.

A verdade é que acabou por ser um elo de contacto entre família, havendo envio de fotos do cogumelo que tanto orgulhou os seus produtores e consequentes cozinheiros!

Depois tive de obviamente mandar vir lá para casa uma caixa. Fiquei eu encarregue de pulverizar a dita, para não se correr o risco de regas duplas ou nulas. A experiência desenvolveu-se numa altura em que tivemos bastante movimento em casa e por isso foi muito engraçado, porque via-se o crescimento praticamente a olho nu e todos se divertiam. A diferença ao longo do dia na segunda semana é notória. Chegou o dia de apanhar os cogumelos e decidimos que seriam acompanhados com massa caseira. Adorámos: muito saborosos, um sabor muito fresco. E a Peninha maravilhada com tal facto também.

A mesma caixa deu 3 colheitas e já temos uma nova caixa a encetar em breve.

SMSs

Quero publicamente agradecer a todas as bases de dados de marketing de produtos dispensáveis e dos quais abdiquei, a sua fidelidade! Há SMSs que recebo diariamente há vários anos, sem nunca ter gasto dinheiro para que tal aconteça. A essas marcas e departamentos de Marketing, parabenizo pelo esforço e empenho em me tentarem convencer a gastar os meus parcos rendimentos em futilidades e coisas de proveniência e qualidade duvidosa. É para vocês este texto: um grande bem haja!