segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Monsenhor Vitor Feytor Pinto

Na sexta-feira tive a oportunidade e o imenso prazer de assistir a uma conferência com o Monsenhor Vitor Feytor Pinto com a temática da Santidade e da Família. Ouvir um homem tão inteligente e com tão especial poder oratório é especial. Chega até a ser mágico. Gostei muito da Boa Nova que trouxe de todas as mudanças a que se propõe a Igreja Católica para o curto prazo. É que eu precisava mesmo delas!
Não casei pela igreja porque não podia.
Batizei a minha filha porque ambos os pais quiseram.
Não deixo de me sentir olhada de lado muitas vezes por explicar a história de vida minha e da Peninha, mas esta Igreja de Alegria e Amor é o que me identifico.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Ups!... Não reparei...

Ontem a Peninha decidiu sair de casa com o imenso balão em forma de Mickey (mais conhecido por Kikey cá pelo galinheiro) de manhã quando fomos para a escola. Enfiei os dois no banco de trás, ela a segurá-lo para ele não fugir. Discutiram os dois pelo caminho, como sempre discutem: ela quer que ele se chegue a ela, mas ele apesar daquelas orelhas enormes faz-se moco e não move uma palha. Ela tenta agarrá-lo, mas ele está longe, mais precisamente a preencher toda a área do espelho retrovisor do carro, a olhar para mim com aquele sorriso e aquele olhar. Eu tento empurra-lo mas estes bracinhos não o apanham nem sequer lhe tocam. E ela grita, urra, chora e depois recompõe-se e volta a insistir e ele... nada! Foi quando ela me pediu a chupeta... E eu... E eu ia-lhe dar, palavra que ia, mas reparei que no habitual rebuliço matinal de saída do galinheiro... a chupeta não tinha vindo. E até poderia estar o saco castanho no carro, aquele que a acompanha sempre que sai, mas ontem não era dia de ir jantar a casa da avó, pelo que também não estava.

Cresceu em mim um misto de vontade de culpá-la a ela e depois a mim (e como sempre ao PenaMan)... tive pena da educadora... mas enchi o peito de ar e enquanto o meu cérebro me forçava a mentir, a minha boca disse a verdade: não veio, não reparei e não tenho nenhuma no carro... Ninguém dramatizou a situação na escola, só mesmo eu.

Ao fim do dia, quando a fui buscar, no caminho olhei pelo retrovisor e vi aquelas orelhinhas espetadas, aquele olhar e aquela boca arqueada e pensei que quando chegasse à escola ela estivesse irada com o mundo. Com o mundo inteiro! Mas não estava.

Confessou-me outra auxiliar, que não a da sala dela, que não sabia, mas que no dia anterior tinha ouvido na hora da sesta sua educadora a queixar-se de que "és a única que usa chupeta ainda para dormir, não pode ser" e ontem não tinha ouvido nada...

À noite ainda pensámos continuar a aplicar o plano do esqueci-me e não reparei, mas quando foi para a cama interrompemos o plano até hoje à chegada à escola, por serem dias que vão fugir da rotina e vão ser atípicos.

Já tirei o Mickey do carro... quanto à chupeta, hoje reforcei a dose no carro, mas não ficou nenhuma na escola, embora me tenha lembrado e reparado bem.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A horta biológica

Foi um fim-de-semana muito intenso neste nosso novo projecto.
Começámos por ir à nossa vizinha Horta Biológica Espírito da Terra e foi uma experiência fantástica. O acolhimento pelos proprietários foi muito simpático. A Peninha andou a ver os animais todos que por lá estão e que não são poucos: galinhas da Índia e Fracas, porquinhos da Índia, coelhos, um javali cruzado com porco vietnamita, um burro, uma cabra anã e cães. Fomos até junto da ribeira que ali passa e vimos a casa da árvore e toda a plantação em mandalas. Quem passa ali ao lado na estrada não imagina o tamanho da Horta. Depois trocámos algumas palavras com o proprietário, o Luís, e esperamos em breve começar a adquirir o nosso cabaz semana de agricultura biológica.

Ao princípio pode não fazer muito sentido a quantidade de 4-5-6 kg do cabaz, composto por 1 a 3 unidades de vegetal ou fruta da época. Mas a verdade é que é semanal e se for mais acaba por ser demais. Trocámos umas impressões com o Luís sobre este nosso projecto.

Depois fomos até à Reserva Agrícola de Vilamoura, onde há muitas ovelhas.
Ficámos a saber que o lagar do azeite é em São Brás de Alportel (Vilarinhos), onde iremos um destes dias. Ficámos a saber que já não se vende leite de vaca nas quintas. Descobrimos muita lenha de pinheiro por apanhar na Reserva Agrícola de Vilamoura. Adicionámos ao projecto criar Galinhas Fracas, porque consta que a carne é maravilhosa.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

A Rotunda

Apresento a minha mais recente fobia: contornar uma rotunda com o outro carro ao lado daquele em que vou, estando o outro carro na faixa de fora (direita). Senhores, é com cada uma! Gostava de conseguir ver a rotunda da forma que esta pessoas vêm - deve ser cá uma alucinação.

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Desenvolvimentos do projecto Gren Acres

Ora já pusemos mãos à obra e começámos o investimento:
- comprámos uma iogurteira e já experimentámos fazer iogurtes sólidos de banana e estamos convencidos
- comprámos duas cápsulas reutilizáveis tipo Nespresso e cravámos à nossa vizinha do café grãos de café que moemos na Bimby. Mas sucede que não ficaram tão bem moídos quanto isso e o café saiu mau. O Pena-Man voltou a moer o café e compactou um pouco e já saiu menos mau. Abriu uma cápsula original para se certificar que o café estava de facto melhor moído e mais compactado. Vamos experimentar com café moído.

Com os iogurtes pretendemos comer mais saudável e fazer menos lixo e com o café fazemos menos lixo e ficamos com fertilizante para a terra.

Andamos a ver se conseguimos por as galinhas a comer apenas restos e não ração, mas ainda não conseguimos. O Pena-Man já fez compras sem sacos de plástico e até à data sem queixas.

A curto prazo - até lá para meados deste fim-de-semana, queremos saber informações da Quinta Colha Você Mesmo, compostagem e guardanapos de pano.

:)

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Mãe Solteira

Quando era pequenina e ouvia falar de mães solteiras invariavelmente pensava em adolescentes irresponsáveis. Conheci algumas e eram aquelas pessoas que personificavam a expressão, que para mim até tinha um certo quê de americano e tudo!
Casei por amor e tínhamos um grande desejo de ter filhos: não queríamos só um e eu preferia ter sido mãe ainda mais cedo do que aos 27 anos. Não foi logo assim de repente que engravidei, mas acabou por acontecer. Pelo desarranjo que ia no meu casamento, levei a gravidez da forma mais serena que pude e consegui. Aguentei tudo e mais, chorei, solucei e desesperei, mas a minha Peninha acabou por nascer e me mostrar o mundo de outra forma diferente daquela que eu conhecia até ali.

Passados alguns dias da Peninha estar entre nós, depois de ouvir tudo o que não se deve dizer a uma mulher no pós-parto, de ter de realizar todas as tarefas domésticas sozinha, de me ter sido inclusivamente que passasse a ferro após uma cesariana... acabou por ruir o casamento.

Fiquei eu e a Peninha, numa cidade onde eu nem tinha família. Se tive medo? Não, nunca tive. Achei sempre que ia conseguir. Conseguir o quê? O quê não sei, mas que ia conseguir, sabia que ia. Tinha alguns vizinhos de coração grande que me davam a mão muitas vezes - e muitas vezes sem sequer perceberem o quanto aquela mão me amparava. Tive uma família que superou todas as barreiras físicas que possam haver e tornou o longe logo aqui. Nasceram amizades que se tornaram família e que me davam o que não se pode pedir à família.

Pensei algumas vezes como seria. Mas, na verdade, não perdi muito tempo a pensar, porque tinha muitas coisas a fazer e estava simplesmente a lidar com tudo o que acontecia numa altura tão delicada da minha vida e da vidinha da minha Peninha.

Pensei inclusivamente em criar uma associação de apoio a mães solteiras, porque quando se trabalha e se tem filhos a cargo e se recebe acima do ordenado mínimo, não há qualquer ajuda disponível para nós.

Foram tempos difíceis - se foram! Só eu sei o quanto me custou, mas na verdade já fiz por esquecer
. Mas muitas vezes volta ainda ao meu coração aquele sabor agridoce de ser mãe-pai e ter de decidir o melhor e pensar por todos. O outro dia foi assim...

Hoje tenho muitos apoios, mas sei o que é e o que custa...

Green Acres Project

Não adoro estrangeirismos, mas podem chamar-lhe uma resolução de ano novo... E por um lado até é... Mas não vou ser miss praia nem fazer a maratona de Nova Iorque (desculpem a desilusão). Já alguns me ouviram dizer que nesta minha recente Vida me sinto muitas vezes em Green Acres. E o projecto deste ano - aqui ano deve entender-se como período de tempo para aplicação o conceito e respectivas conclusões - é a diminuição da pegada ecológica dos 3 da casa. E estender aos 5, aos 6, aos 7 e... 8 e a ver vamos...

Estamos muito motivados e passará por um melhor aproveitamento dos recursos que dispomos
- horta, animais e produtos locais
- diminuição do lixo que produzimos, tornando as nossas compras de supermercado com menos lixo e menores
- racionalização de consumos desnecessários, nomeadamente descartáveis

 entre muitos outros que pensamos e iremos pondo a par. 
Até lá podem continuar a visitar-nos que não imporemos nada aos nossos amigos, nem estamos a pensar em converter-nos ao Ratatouille.