terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Fez anos

Fez anos ontem - dois! - em que te conheci, minha pipoca. Ao princípio não te amava como te amo agora. Nada que se parecesse! Vieste mais cedo, eras bonitinha, perfeitinha, amorosa! Continuo a recordar o momento como agridoce. Estavas ali para eu te guiar por esta vida, por uns tempos. Fizémos até agora uma grande parte do caminho as duas, sem mais ninguém do que aqueles que nos amam e que eu até aí desconhecia o como nos amavam... Os avós, o tio e o teu novo papá.
Todos foram muito gentis, mas tive momentos difíceis para te continuar a guiar pela vida.

Desejo que continues a ter o teu sorriso, a tua boa disposição, a tua personalidade, o teu carinho, a seres a minha princesa linda e que a vida continue a dar-te o seu melhor.

Parabéns, Pipoca, pelos teus 2 anos! Um beijinho da mãe com aquele abraço apertado

O sapato azul

Este post lembra-me a história do vestido vermelho com os meus amigos da faculdade de sempre: falei muito tempo (muito tempo mesmo) uma noite sobre o que queria fazer ao vestido vermelho e eles, como sempre, ouviram-me com uma atenção e ao fim de um tempo infinito disseram-me: "achas que sabemos que vestido estás a falar?". Assim é o sapato azul - vocês não sabem do que falo, mas aqui fica para memória futura da protagonista desta historinha.

Era uma vez um lindo par de sapatos azuis escuros n.º 21 da Chicco, oferecidos pela avó para ir a um casamento de família e depois restante uso normal que pode um par de sapatos ter numa criança de quase 2 anos.

Por restante uso normal entenda-se calçar os dois exemplares e usar. Mas nem sempre assim foi, contra minha vontade. Um dia, um sábado em que estávamos na nossa rotina de casa, a brincar na rua e em casa, com as avós por perto, eis que desaparece um sapato...

Casa revirada várias vezes, por várias pessoas e nada. Portas portinhas gavetas e gavetinhas abertas desde que a pequena alcançasse o sítio e ainda nada.

Eis senão um dia em que a fúria da mãe encontrou o par debaixo do triciclo já muitas vezes levantado, onde pequena Sara já tinha apontado que ali estaria. FIM

Educar bebés... para totós

O título deste post é apenas sugestivo à tarefa educar e uma analogia aos livros... para totós, onde parece que se vai aprender tudo e mais e... nem sempre assim é.
Educar é das tarefas mais difíceis que conheço, sobretudo desde o dia em que fui mãe, dia esse em que todas as teorias que detinha prontas a aplicar na educação dos filhos dos outros deixaram de servir, como deixava de servir a roupa naquele recém-nascido que ali estava...
Ouvi comentários "tem um bebé lindo!", mas não são todos? Não, não são, mas não deixa de ser assustador para uma mãe de primeira viagem este tipo de comentários. Mas mais assustador foi: "é tão calminha, tão sossegada" e achavam que eu não tinha feito nada para isso. Claro que fiz! Desde a barriga! Nunca andei mortinha por que ela se excitasse, antes pelo contrário pedia-lhe que se acalmasse (não era estar quieta) em momentos de maior agitação. Quando estava quieta, dava-lhe o meu amor daquela maneira nossa (sem festas na barriga em demasia que o útero não precisa de estímulos exteriores na altura, já tem que chegue!).

Continuo a ver coisas que "me encanitam" por este país de educadores de bebés à beira-mar plantado, a saber:
- agitar carrinhos e/ou bebés
pode ser o bebé ao colo ou o bebé no carrinho... pessoas, se alguém vos agitasse com força (nos bebés, qualquer pequeno movimento pode ser muito forte para um ser tão delicado), vocês:
a) gostavam
b) acalmavam-se
tendo em conta que ainda está a desenvolver a sua visão que é pior que a de um cão naquela altura?
Se responderam a) ou b) aconselho veementemente a encontrarem de facto educação para totós...

- dizer a um bebé "está quieto"
ah pois claro. e quando poder respirar também avisem! então acham que é para estar quieto? como é suposto explorar o novo mundo que o rodeia? "Não mexas na alça", "não ponhas isso na boca" entre milhares de exemplos de "mantém-te em sentido que vai passar o chefe de estado maior", óbvio que não obedecem

- não falar, que ele "não entende"
ah pois claro. e quando forem à Rússia, também vocês crescidos não prestem atenção, que também não percebem nadinha não é? Não precisamos ser ocidentais à maluca, mas eles se habituarem a nos ouvir é tão bom. Acompanhar os gestos (vestir, brincar) das expressões denominadoras é tão bom e ao longo do tempo terão o seu reflexo. Se é católico, leve-o à missa, ele habitua-se.

- não repreender, que ele "não entende"
ai não ? então porque faz aquela cara matreira e tenta esconder o que estava a fazer?

Podia deambular bem mais por aqui e espero não gerar discórdia, apenas disse o que me foi útil.