terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Educar bebés... para totós

O título deste post é apenas sugestivo à tarefa educar e uma analogia aos livros... para totós, onde parece que se vai aprender tudo e mais e... nem sempre assim é.
Educar é das tarefas mais difíceis que conheço, sobretudo desde o dia em que fui mãe, dia esse em que todas as teorias que detinha prontas a aplicar na educação dos filhos dos outros deixaram de servir, como deixava de servir a roupa naquele recém-nascido que ali estava...
Ouvi comentários "tem um bebé lindo!", mas não são todos? Não, não são, mas não deixa de ser assustador para uma mãe de primeira viagem este tipo de comentários. Mas mais assustador foi: "é tão calminha, tão sossegada" e achavam que eu não tinha feito nada para isso. Claro que fiz! Desde a barriga! Nunca andei mortinha por que ela se excitasse, antes pelo contrário pedia-lhe que se acalmasse (não era estar quieta) em momentos de maior agitação. Quando estava quieta, dava-lhe o meu amor daquela maneira nossa (sem festas na barriga em demasia que o útero não precisa de estímulos exteriores na altura, já tem que chegue!).

Continuo a ver coisas que "me encanitam" por este país de educadores de bebés à beira-mar plantado, a saber:
- agitar carrinhos e/ou bebés
pode ser o bebé ao colo ou o bebé no carrinho... pessoas, se alguém vos agitasse com força (nos bebés, qualquer pequeno movimento pode ser muito forte para um ser tão delicado), vocês:
a) gostavam
b) acalmavam-se
tendo em conta que ainda está a desenvolver a sua visão que é pior que a de um cão naquela altura?
Se responderam a) ou b) aconselho veementemente a encontrarem de facto educação para totós...

- dizer a um bebé "está quieto"
ah pois claro. e quando poder respirar também avisem! então acham que é para estar quieto? como é suposto explorar o novo mundo que o rodeia? "Não mexas na alça", "não ponhas isso na boca" entre milhares de exemplos de "mantém-te em sentido que vai passar o chefe de estado maior", óbvio que não obedecem

- não falar, que ele "não entende"
ah pois claro. e quando forem à Rússia, também vocês crescidos não prestem atenção, que também não percebem nadinha não é? Não precisamos ser ocidentais à maluca, mas eles se habituarem a nos ouvir é tão bom. Acompanhar os gestos (vestir, brincar) das expressões denominadoras é tão bom e ao longo do tempo terão o seu reflexo. Se é católico, leve-o à missa, ele habitua-se.

- não repreender, que ele "não entende"
ai não ? então porque faz aquela cara matreira e tenta esconder o que estava a fazer?

Podia deambular bem mais por aqui e espero não gerar discórdia, apenas disse o que me foi útil.

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